Era noite de lua
Dessas tão alvas
Que as estrelas
Desaparecem
E ele estava ali...
A me rir com olhos
Como quem desvendava
Minh’alma.
Cada segundo,
Uma fração encantada
Feito uma benção
Que se clama em prece...
Seus olhos eram sol
Do meio-dia
A queimar minha pele.
Era inocente, era sonho?
Não! Não era sonho...
Tampouco inocente.
Ele estava ali
Escrevia em cada célula
Do meu corpo
Como quem me conhecia.
Era apenas um estranho
Jamais soube seu nome
Não sei de onde veio
Mas não era um anjo...
Não! Não era anjo!
Devorava-me com fome
De um homem
Com olhos de pecado.
Nosso encontro
Deve estar marcado
Muito além, muito além
Dos versos de uma poesia.
(Sirlei L. Passolongo)
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