sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Em Frente O Infinito...

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A vida terrena com suas tramas

Nos amarra

Às suas (nossas) cadeiras

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Às vezes

A beira de precipícios

Abertos dentro de nós mesmos

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Às vezes a beira de um infinito mar...

Mas algo dentro de nós

Nos desafia e grita: Vá!

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Medrosos

Olhamos o mar

As ondas

O profundo

O insondável

O desconhecido

E trememos

Receosos pelo que se esconde

Alem da nossa visão limitada

.

Medo de um oculto

Que tememos apenas por desconhecer...

O paraíso pode ser logo ali

No fundo do que chamamos de precipício...

E ao primeiro mergulho

Uma Atlântida poderá surgir diante dos nossos olhos...

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Mas paralisamos

Sem ar

Sem forças

Amarrados a uma cadeira de ossos

Estofada de carne e gordura

Com sangue a aquecê-la...

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Quem me dera tivesse coragem de águia

Para atravessar esses abismos de olhos fechados

E não temer a morte

Nem o fim

Nem a destruição

Da minha cadeira confortável

Que me agarro com tanto empenho

.

Agradeço a cadeira

Me levanto

Ergo os braços...E salto

Logo aqui...O infinito me espera...

(Edolesia Andreazza)

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