Já não se escrevem cartas de amor
Enviam-se e-mails, mensagens pelo celular
Não se pode mais imaginar as mãos tremulas
Nas letras por vezes distorcidas
Havia tanto encanto em se recriar os olhos
que aquelas palavras escreviam...
Mas agora, nada tem tempo pra esperar.
A modernidade...
Essa tão sonhada menina
encurtou distância, descobertas...
Mas tirou também o tempo
pra namorar...
Pulou e tapas
e o amor de agora,
por vezes é tão efêmero
que talvez não consiga
a próxima estação chegar.
Já não se enviam flores...
Aquelas colhidas em canteiros de avenidas
ou nos jardins frente aos quintais,
Mas cobria de lágrimas o olhar que as recebiam...
Porque elas traduziam
o que apenas a simplicidade do amor
é capaz de falar,
sem laços e papéis caros
que precisem enfeitar.
Ainda assim:
É tempo de amar...
Viver a adrenalina
do eterno namorar.
(Sirlei L. Passolongo)
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